Investimento milionário
No projeto que Campo Grande apresentou a CBF está prevista a reforma do Estádio Pedro Pedrossian, o Morenão. A obra prevê a revitalização total do entorno e da infra-estrutura do estádio. A capacidade será de quase 45 mil pessoas, mas, ao invés de cadeiras e arquibancadas, serão instalados assentos e implantada uma cobertura ao longo de toda a estrutura.
O investimento previsto é R$ 500 milhões, somente na obra do estádio. Os recursos, conforme ele, podem vir de uma parceria entre a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), que é administradora do Morenão, a prefeitura , Governo do Estado e um grupo de empresários que vão assumir o investimento, com a contrapartida, de explorarem o entorno do estádio com publicidade.
“Essa é uma das possibilidade que está cogitada. Mas tudo depende de Campo Grande ser escolhida como sub-sede. Existe o interesse dos empresários, mas precisamos dessa confirmação antes”.
Infra-estrutura
Além da reforma do estádio, o projeto da Capital de Mato Grosso do Sul para a Copa do Mundo de 2014 prevê ainda a reestruturação do sistema viário da cidade, com ênfase, no transporte coletivo.
Segundo a Associação das Empresas do Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande (Assetur), em média são transportadas por dia na Capital, 260 mil pessoas. Para grandes eventos esportivos, como provas de automobilismo no Autódromo Internacional da cidade, que fica a oito quilômetros do centro, é montado um esquema especial de transporte, com a colocação de uma linha especifica saindo da Praça Ary Coelho até o local com evento, com a freqüência de uma hora.
Para um evento como a Copa do Mundo, por exemplo, que mobilizaria a população em vários pontos da cidade, a Assetur aponta que esquema teria que ser bem mais amplo, envolvendo, após estudo de técnicos da empresa, da prefeitura e dos organizadores, todo o sistema de transporte coletivo.
Hotéis
A Capital conta atualmente, segundo dados obtidos pelo Campo Grande Pantanal Convention & Visitors Bureau da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira de Mato Grosso do Sul (ABIH/MS), com aproximadamente 2 mil apartamentos de diversas categorias, sendo cerca de 4 mil leitos.
O projeto de Campo Grande para a Copa pressupõe um crescimento de pelo menos 50% dessa capacidade, que deverá chegar ao mínimo de 6 mil leitos em 2014. A questão hoteleira, segundo o presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Francisco Cezário, é um dos fatores que mais pesa na avaliação da FIFA, em relação a escolha das sub-sedes de um Mundial.
Em 2005, a capacidade hoteleira da Capital foi posta a prova no 23º Congresso de Engenharia Sanitária Ambiental e VI Feira Internacional de Tecnologia de Saneamento Ambiental, que foi realizado no Pavilhão de Exposições Albano Franco. Segundo a organização do evento, a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, o evento reuniu um público de 5 mil pessoas, sendo 4 mil de fora do Estado.
Os participantes do evento, entre eles delegações estrangeiras do Chile, México, Uruguai, Paraguai, Argentina, Estados Unidos, Itália, França, República Checa, áfrica do Sul e Equador, tiveram que ficar hospedados em cidades próximas a Campo Grande, como Sidrolândia, Terenos, Jaraguari, Bandeirantes e até Aquidauana, porque o número de leitos na cidade não foi suficiente para atender a demanda. Por falta de leitos e acomodações, 700 participantes tiveram, inclusive, que cancelar a vinda ao evento.